segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sonhos estranhos de madrugadas mal dormidas

Virava desesperadamente na cama. Não conseguia dormir... Estava calor. Eu estava agitada. Rolei.. rolei...

Era uma festa no primeiro andar de um apartamento. Pra falar a verdade, nem ao menos sabia de quem era o apartamento. A varanda era bem próxima do meio da rua. Rolava de tudo! Alguns amigos tinham drogas ilícitas, além de cerveja, vodka e Malboro vermelho.


Sentados na varanda, vimos um carro de polícia passar. Daqueles antigos, quadrados... De filme americano. Rimos. Não sei o motivo, mas eles não gostaram daquilo, e deram meia volta em direção à portaria do apartamento. Todos ficaram em estado de choque. A polícia começava a subir, e as pessoas colocavam as bebidas e as drogas em lugares "escondidos". Um amigo meu pediu para que eu deixasse dentro das meias. Deixei.


Os policiais entram e começam a revistar a casa toda. Depois, nós. Um por um.
Uma policial morena, com um boné já velho, gasto, pediu que eu tirasse o tênis e depois a meia. Dei um jeito de tirar sem que ela percebesse o que havia escondido lá.
Pede que eu tire a blusa. Sem jeito, obedeço. Fiquei apenas de calça jeans. Parecia uma daquelas propagandas, onde sempre as pessoas estão sem blusa.


Não encontraram nada. Abriram a porta, saíram e a deixaram aberta. H. entra por ela, olha-me com seus mornos olhos azuis sem blusa, com as mãos timidamente tampando os seios e diz o que ele realmente diria se fosse real:
"Caraalho! Que porra é essa? "

BÉEEÉEE! 6h30. Hora de ir para a faculdade.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Extremos

Extremos. Entre gargalhadas avassaladoras e baciadas de lágrimas. Entre cantaroladas no carro (sendo observada por um olhar interrogativo do carro ao lado) e escondidas de rosto no edredom que, entre meus dedos que o apertavam, abafava gritos de raiva.

Extremos de simplicidade. Um sorriso me tira do chão, me desespera de felicidade. Uma palavra mal 'entonada' me leva até a gaveta de facas num impulso de intenso ódio.
...uma respiração para desistir das ideias assassinas/psicopatas. O ódio ainda não se foi.

Extremos de carência. Em cinco minutos, 5 ligações para pessoas diferentes que, ocupadas, não podiam suprir minha falta de atenção.
Dez minutos depois, dispenso companhias. Quero ficar sozinha!


Estou numa semana de extremos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Pijama branco

Colocou duas colheradas de macarrão num prato fundo, daqueles de comer cereal. Não sabia o motivo. Nunca havia comido macarrão naquele prato. E, por algum motivo, aquilo fez diferença nos seus pensamentos por alguns instantes. Tentava entender por que tinha escolhido aquele prato naquela noite quente.

Andou desastrosamente até o sofá, tropeçando em seus próprios pés duas vezes nesse meio tempo e sentou-se vagarosamente.

A primeira garfada resultou numa mancha de molho de tomate no seu novo pijaminha branco.

Fingiu que não viu.

Nunca mais ela comeria macarrão naquele prato de cereal.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sinto...

      Sinto como se um tornado tivesse passado do lado de fora da minha casa... O caos se espalhou pela cidade... pelo mundo. Tudo parece confuso, sem sentido, misturado. Nada está na ordem correta. Mas isso aconteceu antes de eu nascer, provavelmente. Por que, sinceramente, nada nesse mundo nunca fez sentido para mim. Sei que todos têm aqueles questionamentos 'clichês' algumas vezes na vida mas, eu? Eu não. As perguntas "De onde viemos", "O que fazemos aqui?" e "Para onde vamos?" fazem parte dos meus pensamentos diários de antes de dormir.
      Discordo do modo em que vivemos, discordo dos principios e das prioridades das pessoas, discordo dos padrões impostos ridiculamente.

Não quero ser feminina, submissa, conformada.
Não quero trabalhar com o que odeio só para ganhar mais dinheiro do que o vizinho.
Não quero casar e ter filhos.
Não quero nada disso.

Não sei. Não entendo. Só sinto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Impressora cerebral

Uma cena. Só você viu daquele ângulo. Só você sentiu daquele jeito. Você precisa explicar a imagem que ficou fotografada em sua mente para alguem... não consegue. Há cenas que são impossíveis de descrever de forma que outra pessoa consiga imaginar exatamente igual.
Próximo modelo de ser humano deverá vir com uma impressora cerebral imbutuda para imprimir certas imagens impossíveis de descrever.


"Encostado, com uma perna dobrada encostando toda a sola na mesma parede em que estavam suas largas costas... óculos meio caídos que, por trás, escondiam mornos olhos azuis fixos nos meus. Uma garrafa de cerveja na mão, de forma indiferente e, para finalizar um sorriso malandro de canto de lábio."

Vontade de rir. Saiu da teoria minha definição para a palavra 'clichê'...?

Impossível imprimir. Por enquanto, basta tentar imaginar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Suicídio sem explicação

Lá estava ela. Estatelada no chão. Com uma caneta enfiada na garganta na frente do edifício onde residia. Ela não tinha motivos para aquilo. Seus familiares estavam pasmos e custavam a acreditar. De dentro da sua garganta perfurada saiam luzes multicoloridas que quase impediam de enxergar a caneta bic que lá estava. Esta estancava o sangue, mas não podia impedir que aquelas luzes escapassem.

Aquela cena reuniu toda a vizinhança. Todos tentavam decifrar que luzes eram aquelas que saiam de sua glote. Era uma imagem surreal.

Apesar da multidão que se encontrava reunida naquele local, não havia poluição sonora. O local estava imerso num completo silêncio. Só se ouvia o choro inrustido dos pais da menina. Não se ouvia cochichos ou fofoquinhas.

Aos poucos as pessoas começaram a se afastar, deixando o corpo da menina sozinho. Começara a escurecer. As luzes que saiam dela, iluminavam toda a rua.
Ficavam cada vez mais fortes. Havia uma força que afastava tudo e todos de lá.

Aquilo nunca teria explicação e nem faria sentido...
...se não fosse tudo um fruto da minha fértil imaginação.

Visita inesperada

Acordei, olhei para o relógio. Eram 6h40... Tinha que levantar. Fechei os olhos novamente e reclamei mentalmente. Sentei na cama ainda meio sonolenta. Ao olhar para o lado havia um ser estranho sentado na cadeira do meu computador. Uma sereia. Tinha cabelos bem escuros, olhos mais escuros ainda, pele beeeem branca. Sua cauda era verde. Ela usava apenas uma camiseta regata branca. Olhava para mim. Esperando que eu acordasse.
Esfreguei os olhos para ter certeza de que não era um sonho! Não era. Lá estava ela. Esperando calmamente.

Seu olhar era profundo. Me amedrontava um pouco. Sua expressão passava calma, e ao mesmo tempo curiosidade. O que aquele ser estava fazendo ali? Como ela havia chegado na minha casa? Como havia entrado?

Continuei sentada na cama esperando que ela dissesse o que queria. Uma lágrima escorreu de seu rosto. Mas o sorriso leve se mantinha.
Não me disse nada. Apenas sorriu e desapareceu! Nunca mais a vi.

Sou legal, não tô te dando mole MEEEESMO

(Realmente precisei colocar essa frase super-hiper-mega-ultra-master-blaster clichê como título!)


Sou extrovertida, moleca, falo com todo mundo (mesmo que tenha acabado de conhecer), falo palavrão, falo alto, me relaciono melhor com homens do que com mulheres.

Eu vou conversar, vou falar de vários assuntos, vou falar se eu achar que aquela mulher que está passando é gostosa, vou sair com um grupo de meninos, vou jogar truco...

E isso NÃO QUER DIZER que eu esteja afim de sair dando pra todo mundo! PORRA! É muito difícil diferenciar as coisas?

Em pról dos seres azuis de outras dimensões (Pêm Pêj)

Essa história de que os ônibus funcionam a combustíveis serve apenas para esconder a real história da população.

Em todo subsolo de terminal de ônibus, há seres azuis mágicos de outras dimensões que são responsáveis por acumular mágica que faz com que os ônibus funcionem

Toda vez que um ônibus entra num terminal, essa mágica é absorvida, o que faz com que ele se mova.

Esses seres azuis, são mantidos clandestinamente trabalhando sem remuneração e vivendo longe de suas famílias. São escravos...

Vamos nos unir, juntos de mãos dadas para salvar esses serezinhos tão simpáticos!

Espécie de fobial social

É possível viver bem em sociedade? Milhares de regras impostas, milhares de personalidades divergentes e, por mais que se conviva no mesmo meio com algumas pessoas que, podem até ter sido criadas de forma idêntica a sua, estas sempre têm algo que te desagrada. E muito!
Seriam os seres humanos, uma espécia feita para viver de forma autônoma? Sem necessitar de interferências extenas? Seria possível realizar todas as atividades necessárias para a sobrevivência sem ajuda de terceiros (e quartos, e quintos)?
Talvez (e bem provavelmente) NÃO, apesar de isso me desagradar! Viveríamos muito melhor isoladamente sem ter que administrar relações complicadas de seres de personalidades múltiplas e humores repentinos.
Mas a dúvida maior surge quando penso que teria que aguentar as minhas próprias personalidade mutante e mudanças de humor SOZINHA. E também não conseguiria realizar certos "trabalhos" que garantiriam minha sobrevivência.
Ao pensar friamente chego a conclusão que o homem é como as formigas: precisam umas das outras para sobreviver e vivem em comunidade acostumando-se com conflitos e adaptando-se para que haja harmonia.

Sinceramente

Acreditar nas pessoas, mesmo sabendo que é bem possível que elas estejam mentindo, me enfraquece. Seja dar 25 centavos pra um moleque que diz precisar de dinheiro pra pegar um ônibus, seja em relações afetivas.
Ok! Todos sabemos que a desculpa do ônibus, do filho que precisa de leite, e que velho discurso "podia estar matando, podia estar roubando..." são clichês dos viciados que estão em crises fortíssimas de abstinência. Mas por que, mesmo assim, as vezes eu ainda acredito que o indivíduo realmente  precisa pegar um ônibus? Acho que o dia que um deles me falar: 'Tia, me dá uma moedinha pra comprar uma pedrinha de crack?' vou dar com o maior prazer  porque, alguém que precisa pegar um ônibus, nunca daria uma desculpa dessas. Então, não pode ser mais do que a verdade, certo?
O mesmo acontece em relacionamentos. Existem também os clichês para determinadas situações. São frases prontas de efeito: "Fale e encante". E a trouxa fica encantada mesmo.
Por que as pessoas não são sinceras sempre? Independente do que seja o assunto e das consequências que as verdades possam trazer, as pessoas teriam mais certezas antes de tomar certas atitudes. Temos tantas confusões mentais em relação a relacionamentos justamente por não saber se nossos companheiros/amigos/familiares estão sendo totalmente sinceros no que estão dizendo!
E eu tenho o grande problema de quase nunca desconfiar do que me dizem. Acredito muito que as pessoas são sinceras na maioria das vezes. E sempre acabo me decepcionando com elas no final... e mesmo assim não aprendo.

Eutanásia mental

Desligar a cabeça dos problemas pode ser uma solução? Ignorá-los pode ser a cura para os males causados pelos mesmos? Pois todos eles estão apenas lá! No fundo do seu inconsciente! E em nenhum outro lugar. Não têm forma, não tem cheiro, não têm cor. Eles não existem em lugar nenhum! Só em você! Eles provêm dos seus sentimentos, principalmente aqueles que são "auto-sentimentos", aqueles que são de você em relação a você mesmo. Como, por exemplo, a culpa. Sinto-me culpada por não passar no vestibular. Surge uma tristeza, uma raiva, uma decepção... Estressa-se, discute-se com outras pessoas por assuntos que nada tem a ver, e pronto. Aí está, saindo do forno quentinho, um enorme problema. Onde ele começou? Na sua cabeça. Em você. Se você o tivesse ignorado desde o princípio isso não aconteceria. Você o criou. Ignore-os, liberte-se deles!

Não parece que você tem um ser autonomo dentro do seu crânio? SIM! Ele está lá! O cérebro! Tomando atitudes por você, criando problemas, te fazendo ter sentimentos. /

E os animais? Não têm problemas! Por que? Porque não têm consciência.
Os seres humanos acreditam ser privilegiados por a possuírem. No fundo, a consciência é um castigo. Os seres que não tem, vivem bem, felizes, sem medos, sem problemas.
Quem não conhece a história de Adão e Eva?
Leia de novo e preste atenção:

"(...) A mulher notou que era tentador comer da árvore (...). Colheuo fruto, comeu e deu também ao marido, que estava junto, e ele comeu. Abriram-se os olhos de ambos e viram que estavam nus. Teceram com folhas de figueira tangas para si. Ouvindo o ruído do Senhor Deus (...) o homem e a mulher enconderam-se no meio do arvoredo do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, dizendo: "Onde estás? E este respondeu: "Ouvi tes passos no jardim. Fiquei com medo porque estava nu, e me escondi". Disse-lhe Deus: "E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer?"
(...)
E o Senhor Deus disse: "Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não vá agora estender a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre." "

Então? Como castigo foi dado a eles a consciência. E ainda lhes disse que, a partir daquele momento que eles tinham a consciência, não deveriam comer da fruta da árvore da vida, pois não fazia sentido viver para sempre, se eles iriam sofrer.

Então é isso. Tudo está nas nossas mentes.

Eutanásia mental: desligar o cérebro dos problemas para evitar sofrimento.

domingo, 7 de novembro de 2010

A bomba

Caiu uma bomba na minha casa!
BUUUUUUUUUM!
Voa mãe gritando/surtando/chorando pra um lado
Voa pai resmungando pro outro
E a irmã que quase saiu pela janela!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010