terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Esclerose Múltipla

Derretendo-se em pó fino e bege... Perdendo-se dentro de si próprio por conta de algo que ainda não entendeu. Ou entendeu, e finge que não. Ou entendeu e acha que não.  Um nome, um rótulo, de sintomas físicos e psicológicos para ele e para todos nós ao redor.
Entrou num transe permanente que suga para uma depressão quem passar por perto de seus sentimentos.
Aquela certeza, seriedade de brincar, sabedoria de viver se dissolveu em meses seguidos de sofá e notebook, viajando num mar de pixels que parecem ser o refúgio do seu próprio ser.
Ausência nas respostas, nas vidas, nas conversas. Ausência...
No começo era de se esperar que se acostumasse. Dois anos ainda é começo? Mudanças médicas, mudanças psicológicas... Entendo! Só é nostalgico todos os dias para mim, pensar que está vivo, mas ao mesmo tempo não está mais...

Dói vê-la sofrer também. Parece que sofre mais que ele próprio. Parece que sente mais que ele próprio, que está dopado com seu coquetel maluco. Apesar de que ela também está dopada com quase o mesmo coquetel maluco. Os sintomas são quase os mesmos para os dois. Apesar de fisicamente só estar presente nele, psicologicamente é contagioso! Definitivamente é. Fujam para as montanhas!!! Não, não fujam. Fiquem perto. Eles vão precisar de você. Nem que seja só a presença em silêncio. Eles vão precisar