quinta-feira, 16 de julho de 2015

Faço tudo!

Não gosto de jiló... mas nunca comi jiló.

Esta é uma situação frequente na vida de todos. Não necessariamente sobre assuntos gastronômicos mas sobre tudo.
Estamos numa fase em que ninguém se permite. Não é aceitável estar aberto. Não é aceitável topar de tudo. O assunto que mais vem à mente neste momento é, obviamente, sexo. E é disso que estou falando também.
"Isso não pode! É gostoso, tô afim, mas é coisa de veado."
"Tira a mão daí! Tava até interessante, mas ouvi dizer que é coisa de puta."

E vai além do sexo. Isso se espalha pra tudo nas nossas vidas.
Ninguém mais topa sair da rotina, fazer loucuras, experimentar.
Nunca foi numa montanha russa, mas tem medo de tentar.
Tem curiosidade de conhecer um puteiro, mas tem medo de ser mal interpretado.
Evita usar roupas muito fora do padrão porque, apesar de ser confortável, pode gerar olhares desaprovadores.

"Faça uma lista de 5 coisas que você nunca faria."
Não tem que existir essa lista. Não existe 'nunca', a não ser que vá ferir seus conceitos éticos e morais... Mas mesmo assim. Os conceitos éticos e morais das pessoas estão tão deturpados, que tá valendo a pena burlar isso, pelo simples prazer de se permitir.

Se for à praia, nade pelado. Se der vontade, transe em público. Se for à China, coma escorpião. 
Faça tudo. Eu faço tudo!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Crise do Banco do Parque

Meditação e A Profecia Celestina me fizeram entrar num modo "de bem com a vida" um tempo atras. Uma consciência plena de algumas coisas, uma sensação de ter compreendido tudo e sanado todas as dúvidas existenciais. Um sentimento de leveza dominou meus últimos 6 meses.
Eu estava madura pra enfrentar momentos ruins como aprendizado sempre. Estava no momento de abertura mental para compreender o outro, compreender e ter paciencia com o erro do outro. Claro que não alcancei isso tão intensamente quanto lideres espirituais, mas me abri para ver o mundo assim e mantive um treinamento mental de positividade que funcionava perfeitamente....
Até hoje.

Hoje o dia amanheceu estranho. Mantenho, dentro da minha cabeça, a teoria toda. Sei os benefícios de me manter serena. Sei os efeitos colaterais fisicos e psicologicos de entrar em crise existencial ou em estado de confusão mental de novo.
Mas hoje, após um acúmulo de informaçōes e experiências durante os ultimos dias, acordei contemplativa.

Estou num parque de diversões, sentada num banco pelas ultimas 3 horas. E estou observando e pensando. 

Esmoecer sobre os pensamentos pode ser demorado e profundo demais nesse momento. Mas vai numa linha do bom e velho "qual o sentido da vida?" só que um pouco mais profundo.

Tudo parece entristecer com o passar dos anos. O entusiasmo desaparece, nos obrigamos a entrar numa rotina que, muitas vezes, passa longe do que queremos ou planejamos... E decidimos nos manter ali, simplesmente porque é mais comodo. Com o passar dos anos deixamos de tomar decisões empolgantes e passamos a tomar decisoes confortáveis. É assim que vai acabar? É uma decisão de vida ser 'fracassado' depois dos 40? Tenho exemplos do contrário, mas são tão poucos que me parecem exceções. 
Reclamar do casamento, do emprego, dos filhos, da igreja, da rotina... 
Peça o divórcio, demita-se, mude de atitude, mude de religião, vá viajar. Por que tudo isso parece ser impossível a partir de um determinado momento da vida??

Acho que ainda tenho alguns anos pra descobrir...