segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Barulho noturno

Estava ali, tentando dormir pra esquecer a conversa que acabara de ter. Não conseguia. Maia tinha problemas de insônia. Fechava os olhos, tentando levar o pensamento pra longe. Ela acreditava que quando o pensamento ficava fora do alcance, era possível dormir. Porém, sempre acabava se distraindo com alguma  besteira em seu quarto. O pensamento nunca estava longe de mais para permitir que Maia adormecesse.
Ouvia latidos dos cachorros do vizinho. Se distraia com o barulho que a geladeira fazia na cozinha, com a luz do carregador do celular acessa, com o andar dos ponteiros barulhentos do relógio. Eram sempre as mesmas distrações. Porém, naquela noite, ouviu um barulho estranho. Um barulho que nunca havia ouvido antes. Teve medo. O barulho parecia com algo se arrastando no chão de sua cozinha. Evitava abrir os olhos, com medo. O som não cessava. Se aproximava cada vez mais do seu quarto. Apertava os olhos já fechado, para não conseguir ver nem uma fresta. O som ficava mais alto. Sentia que havia algo próximo dela. Tremia. Suava frio. Seria um ladrão? Um espírito do mal? O som parou, quando parecia que estava bem ao lado dela na cama. Num impulso impensado, abriu os olhos.

-PÁÁÁÁÁÁ

-AAHHHHHHHHHHHHHHHHH!! Lully! Sua sem graça! Isso é brincadeira que se faça? Volte já para a geladeira sua abóbora fujona.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Brad x Marvin - Luvas de box, dores e confusões



Cardiologistas e neurocirurgiões deveriam trabalhar juntos. Pelo menos ao me ter como paciente. Meu cérebro (que vamos chamar carinhosamente de Brad) e meu coração (apelidado de Marvin) vivem discutindo. Talvez esses dois profissionais da saúde, juntos, conseguissem fazê-los entrar em um acordo.

Brad, tão sério. Sempre com cara de bravo. Durão. Racional.
Marvin, tão idiota. Totalmente sugestionável e carente.

Ambos aqui, dentro de mim, numa pancadaria permanente. Brad,obviamente, me leva para as decisões racionais. Pensadas e analisadas. Adoro ele. Sempre concordo com ele. Brad é genial e muito parecido comigo (por que será, não é?). Procuro sempre seguir suas opiniões. 
E é quando estou na metade do caminho que Marvin, o imbecil, aparece. Mostra para Brad todas as fotos do passado, faz com que ele se lembre de momentos, situações e pessoas que ele não quer lembrar. E é aí que começa a bagunça.

Dores no peito e na cabeça, se devem aos socos e pontapés que Marvin e Brad trocam dentro de mim. 

Nos dias que Marvin domina, fico carente, chorona, depressiva e mau humorada.
Nos dias em que Brad está vencendo a briga, me sinto segura, forte, decidida.

E ficam nessa PATIFARIA, me deixando confusa e cansada.
Hoje Marvin domina. Me fez procurar por fotos, lembrar de momentos com certas pessoas, dias que passamos juntos, conversas, carícias. E foi ele que me mandou escrever esse texto.

Pode ser que amanhã Brad esteja mais recuperado e me mostre outra forma de ver o mundo. Pode ser que não.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sobre glitter e cicatrizações

Abrindo a caixa de fotos. Puro masoquismo. Revivendo passados, histórias. Querendo voltar (as vezes). Engraçado como, na maioria das vezes, as lembranças ruins de pessoas que passaram pela sua vida sempre se apagam. As vezes não se apagam completamente, mas sempre ficam menos intensas. Só sobram fortemente os momentos agradáveis, de chocolates, 'rolações' na grama e filmes. Isso dá vontade de voltar no tempo e reviver aquela pessoa. Mergulhar nela de novo. Burrice! É uma pegadinha do seu cérebro, querendo te tirar do momento solitário, cicatrizando suas feridas, e passando glitter nos momentos bons! Tudo pra te foder. Te fazer sentir culpa. E te querer fazer voltar.
Acredito fortemente que meu cérebro tem vida própria. É meu pior inimigo. Me obriga a fazer e sentir coisas que não quero.
Fechar a caixa de fotos o acalma um pouco. E é tudo que posso fazer, por enquanto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fim do Ciclo



Encerra-se mais um ciclo. Eu, ao contrário dele, não me arrependo de nenhum segundo e de nenhuma atitude. Me orgulho de ter o tido ao meu lado. Sou extremamente grata por tudo o que ele fez e à todo tempo que ele dedicou a mim.

Me chateia lembrar das palavras que disse. Me chateia lembrar que não conseguia ouvir o que eu tinha pra dizer.  

Mas estou certa de que era o melhor. Sinto diferente do que imaginei que sentiria. Tristeza, claro. Depois de quase dois anos juntos, seria estranho se eu não me sentisse triste. Mas por outro lado sinto um alívio. Ambos vinham se estressando muito. 

Não sei o que passa pela minha cabeça agora. Senti só agora. Caiu a ficha. Dói o coração, mas a mente está calma. Não sei entender o mix de sentimentos. Bons, ruins, indefinidos..

Seria possível duas pessoas tão iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes, viverem juntas? Gostos totalmente opostos. Atitudes totalmente contrárias. Valores, prioridades... Será que há o "certo" e o "errado"? Será que são somente dois jeitos diferentes de ser? Será que os signos não combinavam?

Ao mesmo tempo que brigávamos muito, desde o começo, nos dávamos tão bem. Os momentos bons eram TÃO bons... Estávamos sempre nos divertindo... Será?

Espero que essa angústia passe logo. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

De novo

Tudo começara a se acalmar. Havia tomado várias atitudes diferentes para que aquilo acabasse logo... E parecia estar no início do fim. Porém, não sabia ao certo qual das minhas atitudes realmente ajudou a mandar embora aquele sentimento de angústia/ desespero/ tristeza profundo que vinha sentindo nos últimos tempos.

Era uma nova fase. Havia aprendido diversas lições com tudo aquilo que havia ocorrido em minha vida. Amadureci anos em cerca de 6 meses. Seis meses?? Não parece que já passou tudo isso. E ao mesmo tempo, não parece que faz tão pouco tempo que aconteceu. Era um misto de sentimentos estranho. Ainda é,  porém menos intenso.

Sabia que ainda não tinha acabado... Tinha certeza que mais mudanças bruscas ainda estavam por vir... E seriam daquelas doloridas (de novo). Daquelas que a gente chora muito tempo (de novo), quer tentar voltar no tempo (de novo), se arrepende (de novo) e, no final, acaba essa fase, pra começar outra. Sabia que aqueles olhos azuis me olhavam diferente. Eu também os via dessa forma.

As vezes me sentia só... Não de presença física... Mas de divisão de conceitos, opiniões. Apesar de nos entendermos muito, adorarmos Parachutes-Coldplay, entrelaçarmos os dedos perfeitamente, ainda faltava alguma coisa. Confiança de ambas as partes? Pode ser... Respeito? Talvez... Começara a sumir mesmo, naqueles tempos...

Queria somente que ligasse pra dizer o que ia fazer. Queria somente saber tudo da vida dele. Fossem coisas boas, ou ruins, queria simplesmente conhecê-lo a fundo. E depois de um ano e meio, ainda parecia que ele estava me escondendo alguma coisa...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quanto você quer pagar pra brincar com minha alma?


"Melancolia me corroendo forte, insatisfeita, infeliz, abestada, acorrentada, atormentada. 
Grita dentro de mim mais forte que o furor de sua voz.
Repentinas mudanças, uma descarga cheia de merda mental. Pra onde vai pouco me importa.
Nestes casos, sim, quero que a ignorância seja abençoada em hipocrisias vadias cheias de desculpa e explicação.
Desenvolvendo devaneios inescrupulosos cheios de tesão com enredo e introdução. Tudo isso pelo preço de uma admissão.
Quanto você quer pagar pra brincar com minha alma?
Cagar no meu ser, se vangloriar de luxúrias cada vez mais vadias, insanas, insensatas e corrompidas?
Cheias de violência doméstica, inexplicavelmente lindas ao seu ser.
Do que sou eu então? Nada, ao meu ver. Algo a se ver, como pra você?
Se da proza fui pra desgraça assim mencionada, catalogada, censurada, pode ela também ser masturbada? 
Oh, sociedade imponente grande e forte, em seu ventre cuidando de crescer e profanar tudo o que sou, nem mais pode ser! "

Texto de Felipe Bueno

sábado, 16 de junho de 2012

Insôniaaaaa



01h06
Zumbe zumbe zumbe o ouvido...
Nasce um soluço

01h07
A garganta arranha
Pensamentos desagradáveis chegam

01h08
Pernilongo me observa
Tosse tosse tosse

01h09
Os minutos passam mais rápido do que consigo escrever
Lembro-me que preciso acordar as 6h para o trabalho

01h10
Nem sinal do sono
Saudades, angústias... Isso são horas de aparecer?

01h11
Pensando se alguém me faria companhia...
'Depressõezinhas' básicas noturnas

01h12
Vou tentar dormir
de novo...
É o que venho tentando fazer ha exatas 4 horas

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dúvida do dia

Duas frases que ouço sempre... Opostas, porém as duas certas, dependendo de quem as diz e do modo de interpretá-las. Duas formas de viver... Só me resta tentar decidir qual seguir...

"Viva hoje como se fosse o último dia."
Aproveitar ao máximo! Fazer (quase?) tudo que me der vontade! Claro! Quem não quer fazer isso...  Aliás, as pessoas hoje tem medo de viver assim... Tudo por conta da segunda frase que mencionei...

"Pense no seu futuro!"
Claro que esta tem suas variações... "Planeje sua vida" entre outras que não me lembro agora.
'Senão daqui uns anos estarei perdida, desempregada e fodida...' Mas e quanto a viver o hoje? Aproveitar? Sentir os prazeres da vida?
Não?

Temos que deixar as coisas boas só para domingo a noite... O resto da semana você tem que trabalhar (quase sempre com alguma coisa que te deixe insatisfeito e preocupado porque te pagam mal), estudar para ser um currículo destacado comparado aos outros, cuidar das crianças e educá-las para que pensem como você no futuro! "Não, Joãozinho! Mamãe não pode te levar no parquinho! Mamãe tem que trabalhar..."
Todo mundo é infeliz hoje! Todo mundo reclama de alguma(s) coisa(s)... Todos estão insatisfeitos com a vida que levam, com o trânsito pra chegar no trabalho, com o chefe...

Por que ninguém vive feliz? Por que todo mundo tem que seguir um padrão de vida miserável? Não miserável de dinheiro, porque isso todo mundo tem. Muito ou pouco, e todos reclamam. Quem ganha 800 reais por mês queria R$1200, quem ganha R$1200 queria R$1500, e quem ganha R$7000 queria ganhar R$10.000! Grande bosta.

Que tal aprender a viver de acordo com a primeira frase... Ganhando muito, ou pouco, aproveitar a vida, fazer o que dá vontade. Ser feliz!

A dúvida que me resta é:
Será que tem um meio termo? :/

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dor da dor...


Raios... todo mundo já se questionou o motivo pelo qual as coisas da vida são tão difíceis... Venho passando por uma fase de 'amadurecimento forçado', e tenho tentado entender certas coisas...
É difícil tomar qualquer decisão, quando não é o único envolvido. Sinto-me assim e me questiono se sou só eu...
Qualquer decisão que você queira tomar, vai envolver alguém e, com certeza, desagradar alguém...

O meu grande problema sempre foi minha família. Desde pequena pensava que um dia ia casar e meu pai e minha mãe iam chorar e se chatear com a minha partida. E eu não queria isso. Só que eu não simplesmente pensava. Eu sentia. Me dava um aperto no peito de imaginar a dor que eles sentiriam. Sempre tive medo de morrer, pois sabia o quanto isso seria dolorido para eles... E sentia o pior sentimento do mundo cada vez que pensava nisso... Como se estivesse projetando a dor que eles sentiriam para mim... Isso sempre me fez pensar muito antes de fazer qualquer coisa. Cada vez que me diziam "não" para alguma coisa, por mais educativo que fosse, sentia o estômago espremer. Não por mim, pela negação da minha vontade. Mas sim por pensar a dor que eles sentiam ao negar algo para mim. Que ridículo. Hoje sou adulta e sinto a mesma coisa. Não passou. Tenho sofrido diariamente por continuar tão presa à pessoas, num nível quase que doentio, e tendo impedido a mim mesma de progredir no nível de decisões e atitudes na vida.

Sentir nem sempre é bom. Penso como seria se eu não sentisse isso. E imagino a dor deles. E dói de novo.

Só quem sente vai entender. Talvez ninguém entenda...

domingo, 15 de abril de 2012

Marcada


Árvore para representar família. 

Bolinhas. De diferentes cores e tamanhos... momentos. Dos mais diversos. Bons, ruins... momentos que passaram rápido e outros, nem tanto. Simplesmente momentos, lembranças...

Tronco largo... Base forte.

Raízes longas. Raízes... 'Vater' e 'մայր': Alemão e Armênio. As origens das raízes. Agora, um de cada lado.

No meio "AYA". (símbolo de resistência, desafio contra as dificuldades, perseverança, independência e desenvoltura.)

Agora, tudo eternizado em mim. Ajudando-me a superar tudo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Traços

Brigas. Algumas inúteis brigas. Porém traços. Muitos intensos traços. Sinto forte, mas mostro fraco. Será que você entende o quão grande é? Será que entende minha falha em demonstrar tudo isso?

Acredito que sim. Espero que sim. Sentir sua respiração atrás de mim, quando o silêncio enche meus olhos de lágrima, é inexplicável. Saber que está lá. Só respirando de dedos fortemente entrelaçados me dando forças silenciosamente. 

"Não vejo mais futuro sem você!" Adorei ouvir. IDEM! 

Só a certeza de que meus calendários se preenchem com você me tranquiliza. É só o que eu quero. É só o que eu preciso. 

Te amo. Traço-te. Em todos os sentidos que quiser.

Obrigada por estar do meu lado dentro deste furacão. 
Obrigada pela paciência e amor.
Obrigada :)



(ui)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Auto-controle

Falava e falava. Tudo que queria falar sobre mim. Nada agradável, é claro. Mantive-me em silêncio o tempo todo. Ela dizia tão rápido que ao menos conseguia respirar normalmente. Estávamos na frente de todos. Eu balançava a cabeça como quem concorda com um leve sorriso no rosto. Todos ficavam agitados esperando a minha atitude. Mantive-me em silêncio. Não respondi.

Mentalmente, levantei de onde estava sentada, dei-lhe um soco bem dado no rosto. Ela caiu da cadeira de lado, no chão. Peguei sua cabeça e bati repetidamente no chão. Só parei ao ver sangue. Me senti aliviada. Arrumei o cabelo que caia em meu rosto. Sai feliz.
Mentalmente... mentalmente.

terça-feira, 13 de março de 2012

Mais um dia?

Acordou um dia sem lembrar onde estava e de tudo que havia acontecido nos últimos meses. Levantou-se, foi para a sala e percebeu que não havia ninguém dormindo no sofá. Achou estranho a televisão não estar ligada em um canal aleatório. Foi ao resto dos quartos da casa verificar se estavam todos lá. Uma cama de dois lugares tinha apenas uma pessoa. Encolhida bem no meio da cama. Caiu na realidade. Tomou um longo banho com flashes de pensamentos, secou-se lentamente. Foi ao seu quarto. Trocou-se. Pegou suas coisas e saiu. Sem antes colocá-lo na cama para dormir direito. Sem antes lhe dar um beijo e dizer o que ele sabia que ela diria todos os dias até o fim de sua vida. Não dirá.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sumiço



"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"
"Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Liberdade de expressão... hipocrisia??

Êêêê Brasil... Tem tanta coisa importante acontecendo, tanta coisa revoltante contra nossos próprios direitos, e estão todos se importando com as coisas mais banais possíveis,

Todo mundo riu com a Luiza no Canadá, todos discutiram agressivamente se o estupro no Big Brother era real ou fictício entre outras coisas idiotas e sem importância.

Todo mundo já deu um discursinho sobre isso:  "Com a política do país ninguém se importa! Olha lá o dinheiro público sendo usado pra gastos pessoais dos políticos e blá blá blá". Mas tem uma coisa que me revolta muito e que não me desceu pela garganta até hoje:

A história do Rafinha Bastos e aquela vadia da Wanessa Camargo. Eu comia ela, o bebê, a mãe dela, o marido dela, a bisavó também. VEM NIMIM WANESSA! Caralho gente! Pelo amor de Deus. Tem tanto Stand-up com coisa pior que isso! Estão se sentindo ofendidos porque é um BEBÊ? O caralho! Tem piada bem pior com bebês por aí e ninguém nunca ligou. Tem piada com negro, pobre... Ninguém nem ia notar a piada se não fosse a RETARDADA que estava esquecida na mídia e resolveu armar um barraco pra aparecer um pouco. 

Isso é tão importante a ponto de gerar discussões, processos NESTE NIVEL? E a tal da liberdade de expressão? Esta é toda cheia de regras, não notaram?

Pode falar o que quiser. Mas se falar MACONHA, é apologia as drogas
Se fizer piada de negro, japonês, índio é RACISMO
Se fizer piada de criança, é ESTUPRO (sim, a piada foi considerada 'caso de estupro')
Na televisão, houve uma época, em que eram proibidas piadas sobre políticos...
MAS QUE MERDA DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO É ESSA??

Eu sei que esse caso já passou mas, hoje, passeando pelo YouTube, vi um vídeo revoltante. Agora proibiram o Rafinha Bastos de vender os DVD's dele! AAAAAAHH!


Não é 'puxação de saco'. Rafinha Bastos nem é o único comediante bom do país, mas POR FAVOR! Parem de ser hipócritas! Vocês riem todos os dias de piadas como estas. Isso quando não são vocês próprios que as fazem. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Screaming inside of me



Tired of everything. This phrase looks repetitive on my 'everyday'. I'm tired of starting to write here and just have bad feelings and thoughts. I just want the end of this horror story. I want my happiness again. I want the people I love again. Just the way they were. But it is not going to happen. I'm screaming inside of me, just trying to run away from myself.

Are you prepared for being alone when you get old? I would stay with you both forever. Till the end of your lives, but now? In the worst moment of MY life, everybody's gone. You chose the wrong people to be with you. At some point, you will come to apologize. And I won't care.

I waited for the right atittude from you. And it's coming from nobody besides me, I think.

I don't know what to do with this feeling to go away.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Últimas palavras

Desculpe. Nunca imaginei que fosse sentir tão forte para chegar a este ponto. Agora são 3 da manhã, não consigo entender meus sentimentos. Os problemas tornaram-se sem solução para mim. Não suportava mais. Seguro um copo de whisky tomando pequeníssimos gole por vez enquanto derrubo lágrimas sem sentimentos dentro dele. A família, que era a base, desmoronou. Nesse momento, me sinto só. Quem quer que esteja lendo isso, não estava ao meu lado também. Simplesmente desisti. Não dei conta de continuar com essa dor. 

Sinto que dei minha vida pra pessoas que não ligam para como eu me sinto. Tinha poucas opções do que fazer. Nenhuma onde ninguém saísse machucado ou chateado. Desito. A decisão final é essa, onde todos sairão machucados. Assim não acontecem injustiças.

Sei que se você está lendo isso agora, já é tarde. Desculpe se fui a razão de todos os problemas. Agora não sou mais.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Free writing

Corre. No final vai ter alguma coisa. Final de onde? Final de quê? Confusão. Abandono. Indiferença. Cansada de correr. Resolvi dormir por uma semana. Sem vontade, sem incentivo ou motivo. Com a própria roupa do corpo por 8 meses seguidos. Sem banho, sem pão, sem laços.

Ar pesado, mal cheiroso. Olhos grudados. Respirando natural e artificialmente.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dois lados, uma espécie.

8h30 am.

Acordo com o telefone tocando. Minha irmã:
-Ahhh! Você não sabeeeee! Estou indo trabalhar e aqui na rua de trás de casa tem um cachorrinho bem pequeno deitado na chuva! Coitado! Que dó, que dó, que dóó!!

Levanto-me. Não escovo os dentes, não ponho calcinha. Ponho a roupa de ontem e corro. Ao virar a esquina ouço um rosnado. Era ele. Minúsculo, embaixo de um carro tentando se proteger do temporal. Tentei me aproximar, mas ele não gostou muito. Voltei pra casa, peguei um petisco e uma toalha. Voltei à batalha. Rosnados de novo. Joguei uns petiscos pra mostrar que eu era do bem. Os vizinhos aproximaram-se tentando ajudar. Trouxeram pão, biscoito de nata para dar pra ele. Consegui tirá-lo de lá depois de uns 25 ou 30 minutos de tentativa.



Trouxe pra casa. Meu labrador sentiu o cheiro e queria comê-lo. Cuidei dele o dia todo. Ração, água, brinquedo, casinha, cobertor. Anúncio na internet para procurar o dono ou um pai adotivo para que não vire sobremesa do Apolo.

Parei e pensei:
Acabo de colocar um ser, desconhecido, sujo e com possíveis doenças dentro da minha casa. Dei comida, água, cobertor... O abriguei. Bela atitude. Mas peraí. Eu faria isso por uma pessoa? Um mendigo, morador de rua, com frio e fome na chuva? Eu o colocaria na minha casa, daria um cobertor e comida? Daria um dia inteiro de atenção pra ele? Não. Com certeza, quase ninguém. Por alguns instantes me senti mal por isso.
Parei e pensei de novo. Por quê? Por que um cachorro sim e uma pessoa não? Claro! Me senti menos pior por uns instantes. Cheguei a uma conclusão. Não sei se correta, mas foi o que eu encontrei.

O mesmo ser que tem esse lado caridoso de acolher, tem o lado malicioso e aproveitador. Temos que admitir que o ser humano tem o grande defeito de sempre querer tirar vantagem para si próprio de tudo! Quem me garante que o morador de rua não ia entrar na minha casa, pegar minhas coisas, roubar, estuprar. Sei lá. Preconceito? Não! Não é por ser mendigo! Não colocaria o mais lindo e rico homem da cidade dentro da minha casa. Nós não confiamos em seres da nossa própria espécie, pois sabemos do que somos capazes!

Apelidei-o de Dumbo, pelo tamanho de suas orelhas. Ele se deita aos meus pés cada vez que vou vê-lo, pedindo carinho. Me acompanha na chuva quando preciso ir limpar a sujeira dele. Está extremamente feliz com uma caixinha de papelão com um cobertor no quintal. Está totalmente GRATO!



Está saudável, bem tratado. Provavelmente foi deixado na rua por alguém. Um ser da mesma espécie que eu, que o tirei da rua. Os dois lados de uma mesma criatura.

P.S.: Procura-se dono ou novo lar! Interessados?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Querida Angústia,

há muito tempo você tem estado presente na minha vida, mas nunca tão próxima quanto nessas últimas semanas. Nunca havia te entendido completamente, aliás, até hoje não te entendo. Não consigo descobrir o que te faz estar sempre tão presente na minha rotina. Escrevo-te e, desde já, peço que não se ofenda com minhas palavras desajeitadas.

Te sinto cada vez mais forte no meu peito. Chega a doer. Não sei se quero continuar convivendo com você por mais tempo. Na verdade, não sei se consigo mais te suportar. Se tornou difícil para as pessoas ao meu redor também. Sua presença abala meu humor.

Estás sempre aqui dentro, espremendo meu coração, amarrando meu estômago, chutando minha cabeça. Não te suporto mais! Sei que vai se ofender, mas peço que, por favor, suma da minha vida! Vá para longe! Se não voltar nunca mais, não fará diferença. Não faço questão da sua presença.

A propósito, saia de dentro da minha mãe também. Com ela você pegou pesado.

Adeus

domingo, 8 de janeiro de 2012

Guerra pessoal

Choro que não cessa. Lágrimas e lágrimas até que a cabeça esteja tão pesada, que mal posso abrir completamente os olhos. Vejo tudo aos opostos. Agora ELA que está pensando em mim. E não mais ELE, que passou a pensar só em si próprio. Tomando atitudes precipitadas e impensadas, como aquelas em que ele sempre me julgou. A diferença é que eu sempre pensei nele, em primeiro lugar, ao tomar essas atitudes e não me parece que esteja fazendo o mesmo. Segui todos os seus conselhos por VINTE ANOS e, no momento que lhe dei o ÚNICO conselho da vida, ele ignorou: "Vai com calma! Espera! Deixa as coisas acontecerem devagar." E simplesmente saiu. Foi encontrar com uma tal de Felicidade e me deixou aqui sozinha procurando a minha.

Começaram uma guerra, fugiram todos e me deixaram no meio, tentando desviar das bombas. Vou deixar uma explodir em cima de mim, assim que acabarem as forças para correr. E acho que não vai demorar muito pra isso acontecer.

E apesar de tudo isso, continuo confirmando o que já havia dito, com toda a sinceridade do mundo. Só quero que eles sejam felizes!