terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Defina: liberdade

Sempre que converso com ele, parece que me desperto do estado de hipnose em que eu mesma me coloquei. Nunca entendi suas atitudes. Nunca entendi porque me identificava tanto com ele. Ele sempre está lá, de modo discreto na minha vida (apesar de não ser nem um pouco discreto em sua própria existência), mas com ele por perto me sinto bem. Ele diz tudo! O que eu quero, e o que eu não quero ouvir. Mas ele diz. O transe forçado em que me coloquei é cortado. Parece alguém dizendo: ACORDE!
Concordo com tudo que ele diz. Tento me defender de cada palavra que, no fundo, é verdade. A defesa é de mim mesma. Ultimamente sinto que ele é o único que tem se encaixado na definição de amizade, apesar de tudo.

Assim que me conformo com a merda, vem ele e me da um tapa na cara! Ele acredita nas mesmas coisas que eu. Ele tomou atitudes que eu gostaria de tomar.

Todos ao meu redor me cobram de atitudes que eu não quero - e não vou - tomar, apesar de saberem disso. Eles vivem comigo há tempos. Eles conhecem meu cérebro, minhas crenças, minha personalidade. Sabem o que eu gosto, e o que desgosto. Ainda sim, querem que eu siga os padrões e as crenças alheias.

Maldito seja o destino que me obrigou a ver meia hora de um filme que não estava nos meus planos, e me fez resgatar a revolta já quase esquecida - de novo.

Por que penso diferente? Gostaria de ter a ingenuidade de abaixar a cabeça e concordar com tudo que me fosse imposto. Ser contestadora é sinônimo de sofrimento. Ser olhada com olhos tortos e cinzas de desaprovação por todos, deixa de ser gostoso, com o tempo.

Um comentário:

  1. Algo aqui me lembrou legiao urbana, me lembrou um rosto virado pra parede e uma resposta que estava na ponta da lingua - que eu nunca falei.
    é, acho que entendi seu ponto de vista.

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E baseado nas suas ideias...?