Lá estava ela. Estatelada no chão. Com uma caneta enfiada na garganta na frente do edifício onde residia. Ela não tinha motivos para aquilo. Seus familiares estavam pasmos e custavam a acreditar. De dentro da sua garganta perfurada saiam luzes multicoloridas que quase impediam de enxergar a caneta bic que lá estava. Esta estancava o sangue, mas não podia impedir que aquelas luzes escapassem.
Aquela cena reuniu toda a vizinhança. Todos tentavam decifrar que luzes eram aquelas que saiam de sua glote. Era uma imagem surreal.
Apesar da multidão que se encontrava reunida naquele local, não havia poluição sonora. O local estava imerso num completo silêncio. Só se ouvia o choro inrustido dos pais da menina. Não se ouvia cochichos ou fofoquinhas.
Aos poucos as pessoas começaram a se afastar, deixando o corpo da menina sozinho. Começara a escurecer. As luzes que saiam dela, iluminavam toda a rua.
Ficavam cada vez mais fortes. Havia uma força que afastava tudo e todos de lá.
Aquilo nunca teria explicação e nem faria sentido...
...se não fosse tudo um fruto da minha fértil imaginação.
Me deu arrepios !
ResponderExcluirObrigada por passar pelo meu blog... estou seguindo e lendo cada texto. Adorei !
Já comentei esse no outro blog...
ResponderExcluirÉ no fruto d euma imaginação que se consegue localizar todo silêncio. toda vitalidade.
ResponderExcluirsaudades de ti!
abraços. C. Lagos.