sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Suicídio sem explicação

Lá estava ela. Estatelada no chão. Com uma caneta enfiada na garganta na frente do edifício onde residia. Ela não tinha motivos para aquilo. Seus familiares estavam pasmos e custavam a acreditar. De dentro da sua garganta perfurada saiam luzes multicoloridas que quase impediam de enxergar a caneta bic que lá estava. Esta estancava o sangue, mas não podia impedir que aquelas luzes escapassem.

Aquela cena reuniu toda a vizinhança. Todos tentavam decifrar que luzes eram aquelas que saiam de sua glote. Era uma imagem surreal.

Apesar da multidão que se encontrava reunida naquele local, não havia poluição sonora. O local estava imerso num completo silêncio. Só se ouvia o choro inrustido dos pais da menina. Não se ouvia cochichos ou fofoquinhas.

Aos poucos as pessoas começaram a se afastar, deixando o corpo da menina sozinho. Começara a escurecer. As luzes que saiam dela, iluminavam toda a rua.
Ficavam cada vez mais fortes. Havia uma força que afastava tudo e todos de lá.

Aquilo nunca teria explicação e nem faria sentido...
...se não fosse tudo um fruto da minha fértil imaginação.

3 comentários:

  1. Me deu arrepios !
    Obrigada por passar pelo meu blog... estou seguindo e lendo cada texto. Adorei !

    ResponderExcluir
  2. É no fruto d euma imaginação que se consegue localizar todo silêncio. toda vitalidade.

    saudades de ti!
    abraços. C. Lagos.

    ResponderExcluir

E baseado nas suas ideias...?